Ser uma alma eucarística não significa, apenas, comungar todos os dias ou fazer, de vez em quando, uma hora de adoração. São Luiz Gonzaga comungava uma vez por semana; nós, talvez, comungamos todos os dias. Entretanto, não pretenderemos ter uma alma eucarística como a sua, que durante os três primeiros dias da semana dava contínuas ações de graças pela comunhão recebida e nos três últimos se preparava, fervorosamente, para a comunhão que havia de receber. Era uma alma eucarística!
Alma eucarística era também um Père de Foucauld, ermitão missionário no Saara, apesar de não celebrar a Santa Missa todos os dias, às vezes nem mesmo nas grandes festas. Entretanto, que vida verdadeiramente eucarística não levava ele! Assim, mas em grau muito mais elevado, era a vida de Maria Santíssima: alma eucarística! Mas quais são os característicos de uma tal vida? Naturalmente serão os característicos da vida de Jesus neste mistério adorável: escondimento, ações de graças, obediência, oblação, tudo isso com o selo inefável do amor...
Escondido, humildemente, debaixo dos véus eucarísticos; rendendo continuas ações de graças a Deus seu Pai, em Seu nome e em nome da humanidade inteira; obedecendo, exatamente, tanto à vontade do Pai Eterno, como à do último sacerdote que O chama, distraído ou sem respeito, para sobre o altar, ou que O leva para o coração sacrílego de algum cristão; oferecendo-se, continuamente, ao Pai Celeste, para O glorificar, adorá-Lo e prestar-Lhe reparação pelos pecados do mundo, e oferecendo-se aos homens, em alimento, para os nutrir e preparar para a vida eterna.
E tudo isso, saindo do coração de Cristo, traz o sinete do amor. Não foi outra a vida de Maria. Viveu oculta quase toda a vida, quer no Templo, quer em Nazaré, quer em Éfeso, escondida aos olhares dos homens, assim como Jesus no tabernáculo; agradecendo, de momento em momento, ao Altíssimo as graças imensas a ela concedidas e ao mundo todo; obedecendo, com toda a perfeição, a Deus Nosso Senhor, a seu esposo, José: finalmente, oferecendo-se, sempre de novo, à Trindade Santíssima, em espírito de adoração, glorificação e de reparação pelas faltas dos homens, seus filhos, e oferecendo-se a si mesma a estes seus filhos em espírito de dedicação.
Eis a vida eucarística de Maria, copiada fielmente da vida de Jesus na Hóstia Sacrossanta. Mas é também eucarística a alma gloriosa de Maria, pelo amor que ela dedicou, desde a quinta-feira santa, a seu Filho Divino Sacramentado. Quem poderá descrever as Comunhões que ela recebia das mãos dos apóstolos santos? Se já é maravilhosa a fusão da alma de Cristo com a alma do cristão, que se dirá da fusão íntima da alma do Filho Divino com a alma da Mãe Imaculada!
E com que recolhimento e fervor assistiria ela aos mistérios celebrados pelos apóstolos, que Jesus Cristo mesmo ordenara. Oh! É bem verdade que Maria fica sendo o modelo mais acabado da alma eucarística Por isso compreendemos como, justamente, Congregações de Nossa Senhora tenham adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento, como as Missionárias Franciscanas de Maria, as Religiosas de Nossa Senhora de Lourdes... Por isso todos os bons cristãos, todos os santos têm procurado sempre unir estes dois grandes amores: o amor à Eucaristia e o amor à Virgem Santa. Como o conseguiu plenamente São Pedro Juliano Eymard, o grande apóstolo da Eucaristia! A Venerável Marie Eustelle, a suave santinha do sacramento do amor, o qual era para ela toda a sua respiração, quer na costura, quer nas ruas, quer em casa, quer nas igrejas.
Quão pouco eucarística é a nossa alma, ostensiva, egoísta, ingrata, dissipada, rebelde, esquecida dos interesses do Pai Eterno! Como comungamos? Como assistimos à Santa Missa? Como fazemos as nossas adorações e visitas? Digamos com o inspirado autor das Palhetas de Ouro: 'Há de ser sempre por Maria e com Maria que eu me aproximarei de Jesus Sacramentado'. Unidos, realmente, com Cristo, por meio da Senhora, teremos os sinais da Eucaristia gloriosa. O que não alcançou o grande irmão franciscano São Paschoal Baylon, por meio de Maria, junto ao tabernáculo? Senhora, Mãe de Jesus Cristo, fazei que seja eucarística a nossa alma. Que, imitando as virtudes próprias de Jesus-Hóstia, vivamos cada vez mais sob o influxo suave deste Mistério de amor. Assim seja!
Alma eucarística era também um Père de Foucauld, ermitão missionário no Saara, apesar de não celebrar a Santa Missa todos os dias, às vezes nem mesmo nas grandes festas. Entretanto, que vida verdadeiramente eucarística não levava ele! Assim, mas em grau muito mais elevado, era a vida de Maria Santíssima: alma eucarística! Mas quais são os característicos de uma tal vida? Naturalmente serão os característicos da vida de Jesus neste mistério adorável: escondimento, ações de graças, obediência, oblação, tudo isso com o selo inefável do amor...
Escondido, humildemente, debaixo dos véus eucarísticos; rendendo continuas ações de graças a Deus seu Pai, em Seu nome e em nome da humanidade inteira; obedecendo, exatamente, tanto à vontade do Pai Eterno, como à do último sacerdote que O chama, distraído ou sem respeito, para sobre o altar, ou que O leva para o coração sacrílego de algum cristão; oferecendo-se, continuamente, ao Pai Celeste, para O glorificar, adorá-Lo e prestar-Lhe reparação pelos pecados do mundo, e oferecendo-se aos homens, em alimento, para os nutrir e preparar para a vida eterna.
E tudo isso, saindo do coração de Cristo, traz o sinete do amor. Não foi outra a vida de Maria. Viveu oculta quase toda a vida, quer no Templo, quer em Nazaré, quer em Éfeso, escondida aos olhares dos homens, assim como Jesus no tabernáculo; agradecendo, de momento em momento, ao Altíssimo as graças imensas a ela concedidas e ao mundo todo; obedecendo, com toda a perfeição, a Deus Nosso Senhor, a seu esposo, José: finalmente, oferecendo-se, sempre de novo, à Trindade Santíssima, em espírito de adoração, glorificação e de reparação pelas faltas dos homens, seus filhos, e oferecendo-se a si mesma a estes seus filhos em espírito de dedicação.
Eis a vida eucarística de Maria, copiada fielmente da vida de Jesus na Hóstia Sacrossanta. Mas é também eucarística a alma gloriosa de Maria, pelo amor que ela dedicou, desde a quinta-feira santa, a seu Filho Divino Sacramentado. Quem poderá descrever as Comunhões que ela recebia das mãos dos apóstolos santos? Se já é maravilhosa a fusão da alma de Cristo com a alma do cristão, que se dirá da fusão íntima da alma do Filho Divino com a alma da Mãe Imaculada!
E com que recolhimento e fervor assistiria ela aos mistérios celebrados pelos apóstolos, que Jesus Cristo mesmo ordenara. Oh! É bem verdade que Maria fica sendo o modelo mais acabado da alma eucarística Por isso compreendemos como, justamente, Congregações de Nossa Senhora tenham adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento, como as Missionárias Franciscanas de Maria, as Religiosas de Nossa Senhora de Lourdes... Por isso todos os bons cristãos, todos os santos têm procurado sempre unir estes dois grandes amores: o amor à Eucaristia e o amor à Virgem Santa. Como o conseguiu plenamente São Pedro Juliano Eymard, o grande apóstolo da Eucaristia! A Venerável Marie Eustelle, a suave santinha do sacramento do amor, o qual era para ela toda a sua respiração, quer na costura, quer nas ruas, quer em casa, quer nas igrejas.
Quão pouco eucarística é a nossa alma, ostensiva, egoísta, ingrata, dissipada, rebelde, esquecida dos interesses do Pai Eterno! Como comungamos? Como assistimos à Santa Missa? Como fazemos as nossas adorações e visitas? Digamos com o inspirado autor das Palhetas de Ouro: 'Há de ser sempre por Maria e com Maria que eu me aproximarei de Jesus Sacramentado'. Unidos, realmente, com Cristo, por meio da Senhora, teremos os sinais da Eucaristia gloriosa. O que não alcançou o grande irmão franciscano São Paschoal Baylon, por meio de Maria, junto ao tabernáculo? Senhora, Mãe de Jesus Cristo, fazei que seja eucarística a nossa alma. Que, imitando as virtudes próprias de Jesus-Hóstia, vivamos cada vez mais sob o influxo suave deste Mistério de amor. Assim seja!
(Excertos da obra 'A alma gloriosa de Maria', do Frei Henrique G. Trindade, 1937)
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