Retirado do livro
Mês das Almas do Purgatório
Mons. José Basílio Pereira
livro de 1943
(Transcrito por Carlos A. R. Júnior)
Mês das Almas do Purgatório
Mons. José Basílio Pereira
livro de 1943
(Transcrito por Carlos A. R. Júnior)
DIA 25
Segundo meio: — A Santa Missa
É o meio mais eficaz e mais pronto para, aliviar e libertar as almas de nossos mortos.
A cada Missa celebrada com devoção, diz S. Jerônimo, saem muitas almas do Purgatório. — E não sofrem tormento algum durante a Missa aplicada por elas, acrescenta o mesmo Doutor.
A cada Missa celebrada com devoção, diz S. Jerônimo, saem muitas almas do Purgatório. — E não sofrem tormento algum durante a Missa aplicada por elas, acrescenta o mesmo Doutor.
Na Missa, é o próprio Jesus que se oferece ao Eterno Padre em troca, por assim dizer, da alma de quem se lhe pede o livramento. — Um santo sacerdote, diz o Cura d’Ars, orava por certo amigo que ele sabia estar no Purgatório: veio-lhe a ideia de que não podia fazer nada de melhor do que oferecer por sua alma o santo sacrifício da Missa. Chegado o momento da consagração, tomou a hóstia entre as mãos e disse: «Pai santo e eterno, façamos uma troca. Vós tendes a alma de meu amigo que está no Purgatório, e eu tenho em minhas mãos o corpo de vosso Filho: pois bem! livrai meu amigo e eu vos ofereço vosso Filho com todos os méritos de sua Paixão e Morte.» No momento da elevação, viu ele a alma do amigo que, toda radiante de glória, subia ao Céu.
Na santa Missa, é o sangue de Jesus com que se quer libertar, e este sangue tem valor infinito.
A indignidade daquele que manda dizer a Missa ou mesmo de quem a diz, não tira o valor da oferenda. Qualquer outra oração ou obra boa, feita em estado de pecado mortal, é uma obra morta, mas o sacrifício da Missa tem sempre intrinsecamente o mesmo valor. «Seu mérito, diz Bourdaloue, não depende da santidade de quem o oferecer, e muito menos de quem o faz oferecer, mas é ligado só à pessoa de Jesus Cristo e ao preço de seu sangue; donde segue-se que um pecador, ainda em seu estado desordenado, pode contribuir para o repouso das almas do Purgatório… Pode e deve-o, tanto mais quanto este sacrifício é o único meio que ele tem de suprir a impotência em que está de socorrer de outro modo essas almas predestinadas. Deus olha a Hóstia que se apresenta, que é Jesus Cristo, e não aqueles pelo ministério ou cuidado de quem ela lhe é oferecida.»
Farei, portanto, oferecer a santa Missa por meus finados. Se não puder, ouvirei a Missa por eles: ouvir a Missa, unir-se ao sacerdote que a celebra, é oferecer também a santa vítima. «Lembrai-vos, Senhor — diz o sacerdote ao ofertório — de vossos servos aqui presentes por quem vos oferecemos este sacrifício ou que vo-lo oferecem eles mesmos.»
Comungarei por eles: a santa comunhão é, depois do santo sacrifício, o ato mais sublime da religião, o que dá mais gloria a Deus; o que, pelos sentimentos de humildade, contrição e amor que desperta na alma, constitui uma das obras satisfatórias mais úteis.
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Trecho extraído do livro – Mês das Almas do Purgatório – Mons José Basílio Pereira – 10a. Edição – 1943 – Editora Mensageiro da Fé Ltda. – Salvador – Bahia
Trecho extraído do livro – Mês das Almas do Purgatório – Mons José Basílio Pereira – 10a. Edição – 1943 – Editora Mensageiro da Fé Ltda. – Salvador – Bahia
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