segunda-feira, 25 de novembro de 2019

25º. NOV – MÊS DAS ALMAS DO PURGATÓRIO

Retirado do livro
Mês das Almas do Purgatório
Mons. José Basílio Pereira
livro de 1943
(Transcrito por Carlos A. R. Júnior)
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DIA 25

Segundo meio: — A Santa Missa
É o meio mais eficaz e mais pronto para, aliviar e libertar as almas de nossos mortos.
A cada Missa celebrada com devoção, diz S. Jerônimo, saem muitas almas do Purgatório. — E não sofrem tormento al­gum durante a Missa aplicada por elas, acrescenta o mesmo Doutor.
Na Missa, é o próprio Jesus que se oferece ao Eterno Padre em troca, por assim dizer, da alma de quem se lhe pede o livramento. — Um santo sacerdote, diz o Cura d’Ars, orava por certo amigo que ele sabia estar no Purgatório: veio-lhe a ideia de que não podia fazer nada de me­lhor do que oferecer por sua alma o santo sacrifício da Missa. Chegado o mo­mento da consagração, tomou a hóstia en­tre as mãos e disse: «Pai santo e eterno, façamos uma troca. Vós tendes a alma de meu amigo que está no Purgatório, e eu tenho em minhas mãos o corpo de vosso Filho: pois bem! livrai meu amigo e eu vos ofereço vosso Filho com todos os méritos de sua Paixão e Morte.» No mo­mento da elevação, viu ele a alma do amigo que, toda radiante de glória, subia ao Céu.
Na santa Missa, é o sangue de Jesus com que se quer libertar, e este sangue tem valor infinito.
A indignidade daquele que manda dizer a Missa ou mesmo de quem a diz, não tira o valor da oferenda. Qualquer outra oração ou obra boa, feita em estado de pecado mortal, é uma obra morta, mas o sacrifício da Missa tem sempre intrinsecamente o mesmo valor. «Seu mérito, diz Bourdaloue, não depende da santidade de quem o oferecer, e muito menos de quem o faz oferecer, mas é ligado só à pessoa de Jesus Cristo e ao preço de seu san­gue; donde segue-se que um pecador, ain­da em seu estado desordenado, pode con­tribuir para o repouso das almas do Pur­gatório… Pode e deve-o, tanto mais quanto este sacrifício é o único meio que ele tem de suprir a impotência em que está de socorrer de outro modo essas al­mas predestinadas. Deus olha a Hóstia que se apresenta, que é Jesus Cristo, e não aqueles pelo ministério ou cuidado de quem ela lhe é oferecida.»
Farei, portanto, oferecer a santa Missa por meus finados. Se não puder, ouvirei a Missa por eles: ouvir a Missa, unir-se ao sacerdote que a celebra, é oferecer também a santa vítima. «Lembrai-vos, Se­nhor — diz o sacerdote ao ofertório — de vossos servos aqui presentes por quem vos oferecemos este sacrifício ou que vo-lo oferecem eles mesmos.»
Comungarei por eles: a santa comunhão é, depois do santo sacrifício, o ato mais sublime da religião, o que dá mais gloria a Deus; o que, pelos sentimentos de hu­mildade, contrição e amor que desperta na alma, constitui uma das obras satisfatórias mais úteis.
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Trecho extraído do livro – Mês das Almas do Purgatório – Mons José Basílio Pereira – 10a. Edição – 1943 – Editora Mensageiro da Fé Ltda. – Salvador – Bahia

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