quinta-feira, 7 de novembro de 2019

7º. NOV – MÊS DAS ALMAS DO PURGATÓRIO

Retirado do livro
Mês das Almas do Purgatório
Mons. José Basílio Pereira
livro de 1943
(Transcrito por Carlos A. R. Júnior)
Resultado de imagem
DIA 7
Consolação
Serve a todos a página seguinte, em­bora escrita expressamente para a con­solação de um só. Todos aqueles que amavam e a quem a morte arrebatou o objeto do seu amor, todos carecem das mesmas palavras que levantam o espírito e que o tranquilizam.
«Não podeis habituar-vos à ideia de não achar mais em parte alguma, sobre a terra, o ente a quem parecia ligada vossa vida. É dolorosa, muito dolorosa a separação que vos feriu, mas lembrai-vos de que nossos laços só se quebram na aparên­cia… Deus, que os formou na terra, trans­porta aos Céus aqueles a quem prezamos, para nos forçar a erguer os olhos até sua mansão eterna.
A vista do cristão fixa o outro mundo, mas o olhar do coração encontra um vá­cuo desolador. Vós, principalmente, que podeis esperar a salvação de vossa irmã, não lastimeis sua sorte que é a convi­vência com os anjos, a vida piedosa, a morte edificante que teve, fazem crer que sua alma está gozando de uma felicidade que vós não podeis prometer-lhe nem dar-lhe. Dizei antes, pensando em sua au­sência: Nós nos tornaremos a ver bem cedo, e então nada mais nos há de se­parar!
Penetremos nos intuitos divinos: Deus nos fere quando quer e no ponto mais sensível. É só a fé que nos dá forças para estes sacrifícios naturalmente impos­síveis. Um cristão não pode afligir-se como quem não tem a esperança! Falai pouco aos homens e muito a Deus sobre a vossa tristeza. Eis o segredo da resigna­ção.
Não esqueçais de que devemos: sempre amar a Deus que é bom, até mesmo quando nos envia a tribulação. Estranhareis acaso que ele tenha recompensada aquela que lhe fez tão generoso sacrifício de sua mocidade, de sua beleza, de sua fortuna e de sua vida?
Lembrai-vos do momento solene em que o sacerdote; sem abaixar a voz, disse-lhe: «Sai, alma cristã, sai deste mundo!» Como respondeu ela com um sorriso an­gélico: «Sim, meu Deus, já, se o quiserdes!»
Ela estava, portanto, preparada para esta viagem eterna!
Ela morreu como morrem os santos. Voou para o lugar de felicidade em que a esperava, para coroá-la, o Deus a quem tanto amou. Olhai para o Céu, e esse olhar fortalecerá o vosso coração dilacerado. Aproximai-vos do sagrado Tabernáculo. Que coisa melhor poderia fazer um coração aflito que, a todo momento se apega às criaturas! Sofrei junto de Jesus Cristo: sofrereis amando. O amor suaviza tudo e nos consola de sobrevivermos àqueles que queríamos mais do que a nós mesmos».
__________
Trecho extraído do livro – Mês das Almas do Purgatório – Mons José Basílio Pereira – 10a. Edição – 1943 – Editora Mensageiro da Fé Ltda. – Salvador – Bahia

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Jesus eu Vos amo em todos os Sacrários da terra, vinde ao meu coração, vinde vivei em mim e transformai-me!