VII. Que delicadeza de pensamento, de sentimento e de trato dos Santos para com tudo o que diz respeito à Eucaristia.
Nada de pequeno aos seus olhos; nada de descurável e muito menos de desprezível!
Já vimos como a grande Teresa de Jesus estava disposta a morrer mártir, antes que ver negligenciada a mais humilde entre as cerimônias da Santa Missa.
Que fé extraordinária, meu Deus!
O Santo Cura D’Ars costumava rezar o divino ofício ajoelhado diante do Tabernáculo, sem apoio algum, de breviário na mão, com uma compostura de Anjo, um recolhimento de Querubim. Já andava o povo convencido de que o seu Santo Vigário, com os próprios olhos, contemplava a Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento.
São Francisco de Sales, achando-se na igreja, não ousava sequer tanger as moscas e preferia, por vezes, que fizessem sangrar a calva cabeça, antes de faltar com o devido acatamento.
Que dizer, então, da atitude e arrebatamento com que São José Benedito de Labre permanecia sete ou oito horas, imóvel como uma estátua, diante do seu Amor Sacramentado? E não tinha sobre si apenas moscas, senão também outros seres a atormentá-lo!
O mansíssimo São Vicente de Paulo, perturbava-se e ardia de zelo ao observar genuflexões mal feitas diante do Santíssimo Sacramento, genuflexões que ele apelidava de “marionetes”.
São Conrado, Bispo de Constança, tamanho respeito sentia para com os polegares e índices com que tocava no adorável Sacramento, que algumas vezes Nosso Senhor, para premiar-lhe a fé, permitia que esses quatro dedos, durante a noite, se tornassem luminosos.
São José de Cupertino desejava dispor de outro par de índices e polegares, que pudesse tirar e colocar à vontade, a fim de servirem apenas para tocar na Carne do Salvador.
***
Autor: Fr: Antonino de Castellammare, O.F.M. Cap.
Páginas: 301-302
Capítulo IV - 2º Regra: A Delicadeza Eucarística.
Nenhum comentário:
Postar um comentário